A revolução causada por esses vinhos mudou o cenário da viticultura italiana no mundo. Vem comigo entender melhor!
Vamos começar falando que a uva clássica da região da Toscana é a Sangiovese – que produz vinhos distintos, a depender do seu terroir. Vinhos leves e macios, como o Chianti, outros mais encorpados, como o Vino Nobile di Montepulciano ou na riqueza de expressão com a produção do famoso vinho Brunello de Montalcino, complexo e de envelhecimento prolongado, são produzidos com a uva Sangiovese.
Em geral, são vinhos com boa expressão de frutas, notas herbáceas e de especiarias, além de uma acidez marcante e estrutura.
Voltando ao tema deste artigo, vamos falar dos vinhos SUPERTOSCANOS?
Foi o nome dado aos vinhos que não seguem às normas de produção da principal denominação de origem Toscana na época, Chianti.
O termo se refere a um estilo de vinho tinto, elaborado dentro da região vitivinícola da Toscana, que pode, ou não, incluir em seu corte uvas não autóctones da região, como por exemplo Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, entre outras.
Vale comentar que a Família Antinori juntamente com outra família tradicional da região, os Incisa della Roccheta foram os precursores dos Supertoscanos. E desde então, estes se revelam grandes produtores de vinhos com reconhecimento mundial.
Ainda falando de história, Giacomo Tachis foi o enólogo responsável por criar os primeiros Supertoscanos – Sassicaia e Tignanello. Nessa época – estamos falando de 1978 – Chianti vivia uma crise e tinha seus vinhos pouco valorizados. É assim que os Supertoscanos entram em jogo para valorizar e agregar qualidade dos vinhos da região para o mundo.
Mas afinal, quais são as principais características deste estilo de vinho?
Tradicionalmente, são vinhos encorpados, de alta qualidade, com grande concentração de fruta, acidez alta, taninos bem marcantes e com presença forte de madeira. São características importantes para garantir longevidade, que é um pré-requisito dos vinhos desta categoria, conhecidos como vinhos de guarda.
Recentemente tive a oportunidade de participar de uma masterclass de vinhos Supertoscanos em uma feira organizada pela Rootstock Vinhos em Curitiba, na qual degustei importantes rótulos que levam essa classificação. Falando nisso, desde a década de 1970 a expressão ”Supertoscanos” já existia, mas ainda estes vinhos não se encontravam vinculadas a nenhuma classificação. Apesar da qualidade inconfundível destes vinhos, os mesmos – por não terem denominação – eram classificados como meros vinhos de mesa. Foi apenas em 1992 que foi criada uma IGT (Indicazione Geografica Tipica) para os Supertoscanos.
Curiosos para saber quais vinhos eu tomei nesta ocasião? Se preparem para ficar com água na boca!
- CAIROSSA IGT 2018
- TESTAMATA 2018
- ORNELLAIA 2017
- TIGNANELLO 2018
- SOLAIA 2017
Gostou de saber mais sobre o tema?
Já provou algum vinho Supertoscano? Deixe um comentário. Vou adorar saber!
Confira em breve o próximo post do primeiro vinho degustado neste evento incrível!
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